Alguns trabalhos transcendem a música e a indústria. E o “The Dark Side Of The Moon” transcendeu tudo, virou uma obra definitiva da história do ser humano na terra se configurando como uma verdadeira obra de arte! E hoje está completando 50 anos! Que dia! Que momento para celebrar e ouvir mais uma vez esse disco perfeito do Pink Floyd!

Se eu fosse falar tudo o que esse disco representa para a história do mundo, eu precisaria de centenas de páginas para conseguir extrair todos os detalhes, histórias, influências e sentimentos que esse trabalho revela. Mas vamos lá! O disco é o oitavo lançamento de estúdio do Pink Floyd, que vinha numa ascendente maravilhosa, desde 1970 com o lançamento de “Atom Heart Mother”, muita coisa havia mudado dentro do direcionamento da banda e em 1973, depois dos lançamentos de ”Meddle” e “Obscured by Clouds”, a banda se encontrava no cenário ideal entrando num dos melhores anos da história do Rock e com uma proposta diferente.
Neste novo disco a estrutura de composição mudaria, as músicas seriam completamente interligadas musicalmente falando, é difícil saber onde inicia e acaba cada uma delas, e conceitualmente a banda seguiria uma proposta de compor músicas sobre a vida, autoquestionamento, reflexões sobre dinheiro, propósitos e tempo. Tudo muito bem explorado filosoficamente e musicalmente. E o melhor e mais importante, músicas incríveis como resultado.
Falando um pouco sobre as músicas, ele abre com “Speak To Me”, que já mostra a que veio, um som viajem que da bons indícios do que está por vir, uma intro de respeito que emenda em “Breath (In The Air)”, aqui vemos a genialidade na produção a excelência na execução dos instrumentos, o poder de composição e o som característico do Pink Floyd. Eu adoro “Time”, provavelmente a faixa mais famosa desse disco que carrega um solo arrebatador de David Gilmour! Como não se emocionar? Impossível. Fora a letra que nos faz refletir totalmente sobre como usamos nosso tempo e como ele é implacável. “The Great Gig In The Sky” é uma das mais fascinantes, grandiosa, e dizem que a banda orientou a cantora que ela deveria cantar ao pensar sobre a morte e o resultado foi esse, lindo. “Money” carrega uma linha de baixo estonteante de Roger Waters, excepcional, além de mais um solo genial de David. “Us and Them” é outro grande momento psicodélico, traz um ritmo excelente ao disco. E eu também adoro o encerramento épico com “Eclipse”, eu fico imaginando o potencial que a banda teria em estar reunida nos tempos atuais e poder tocar esse disco todo ao vivo com uma superprodução.
O disco “The Dark Side of the Moon”, foi um sucesso imediato, não estava alinhado musicalmente com tudo o que rolava no ano de 1973 e de fato nem precisava. É uma obra fechada, muito bem pensada, feita com muito carinho e inspiração. Foi revolucionário desde a primeira nota da primeira faixa, até ao material físico, a capa, o encarte, a estrutura de lançamento. E o mais importante de tudo, é uma obra definitiva da música, um disco perfeito, daqueles para se ouvir antes de morrer! Uma obra de arte da história humana! Fica a homenagem nos 50 anos de seu lançamento!
