55 anos de ”The Velvet Underground & Nico”: A antológica estreia do Velvet Underground.

O ”disco da banana” como é conhecido, é um verdadeiro marco na história do Rock. Apesar de não terem precisamente uma música muito fácil, o Velvet conseguiu alcançar muita gente e nos dias de hoje é revisitado como uma das mais importantes bandas da década de 60. Não atoa comemoramos com muita alegria os exatos 55 anos do lançamento desse discão hoje!

Diferente daquela sonoridade ensolarada que rolava em meados dos anos 60, a banda americana Velvet Underground surgia em 1967 com uma proposta muito diferente daquilo que vinha sendo feito na cena do Rock e nada melhor que estrear neste ano que foi muito diverso e inventivo para o gênero.

E o disco estreante deste ano seria mais um que se tornaria um grande clássico e serviria de grande influência para o punk, krautrock, pós punk e até algo mais indie que reverbera na cena atual em que escrevo este artigo. Ele levaria o homônimo título da banda The Velvet Underground & Nico, esse último nome, faria referência à cantora alemã que faz uma pequena participação no disco.

Formada por Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison, Maureen Tucker e Nico, a banda entregou um disco com uma sonoridade muito crua em termos de produção, e que eu considero um charme interessante. O som estourado dele tem tudo a ver com as temáticas impressas no disco e traz uma personalidade. As músicas são líricas e juntas compõem um disco único, sujo, frio e muito inspirado, sem medo de errar ou não agradar.

Falando um pouco sobre as músicas, o disco abre com a psicodélica ”Sunday Morning” uma abertura melancólica que ja nos mostra uma banda muito autoral, com uma sonoridade muito suja e que prende a nossa atenção até o fim. ”I’m Waiting For The Man”, uma faixa que faz o contraponto do início do disco, uma faixa mais insistente que traz um ritmo muito interessante ao disco, eu adoro o trabalho vocal de Lou Reed aqui. Talvez a melhor faixa do disco seja ”Heroin”, um verdadeiro épico, quase que uma switch, grandiosa com mais de 7 minutos, daquelas faixas que a gente nunca mais esquece na vida. Já ”There She Goes Again”, é a faixa mais ensolarada do disco, com um riff maravilhoso e que talvez seja a faixa mais radiofônica do disco.

Agora outro fator que não pode deixar de ser colocado na jogada é a icônica capa desse disco, feita pelo artista plástico Andy Warhol, autor de diversas capas e artes que entraram para a história. Dando a origem para o famoso ”disco da banana”!

Tem uma frase muito famosa sobre esse disco que a galera fala: Pouca gente ouviu esse disco na época quando ele foi lançado, mas quem ouviu, montou uma banda de rock. E eu confesso que concordo plenamente com isso, apesar desse disco não se figurar entre os favoritos do grande público, eu consigo enxergar muitas bandas importantes que foram influenciadas por ele.

De considerações finais, o ”Velvet Underground & Nico” é daqueles discos verdadeiramente obrigatórios. Ele é uma obra de arte da história do Rock, de fato um trabalho muito original, revolucionário e antológico. Aquele ano de 1967 foi mágico e pode apostar que muito disso se deve ao Velvet! Se você ainda não ouviu, sugiro que o faça o mais rápido possível! Fica a homenagem e recomendação, nos 55 anos de seu lançamento!



Autor: Neto Rocha

25 anos, e grande entusiasta de uma das coisas mais poderosas inventadas pelo homem, a música.

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