Qual o melhor disco de Rock N’ Roll que você já ouviu? Eu diria que poucos entram na disputa, um ”Back In Black”, ”Sticky Fingers”, ”Apettite For Destruction”… Mas se tem um outro disco que entra forte nessa briga é o ”Led Zeppelin IV”! E não por acaso hoje vamos falar um pouco sobre ele já que há exatos 50 anos ele era lançado!

Relembrando o que a banda havia feito até então, o lançamento de dois discos perfeitos no ano de 1969, os Led Zeppelin I e II, no ano seguinte o Led Zeppelin III. E se você perguntar para 3 fãs da banda, qual deles é o melhor, você tem a chance de ouvir 3 respostas diferentes pois todos são do mais alto nível! Vamos agora para o ano de 1971, um ano onde tudo deu certo, a banda foi modificando e modelando sua sonoridade de acordo com a época e imprimindo uma personalidade muito forte em cada composição!
Assim como o disco anterior, o Led IV é um disco muito inspirado no Folk num geral mas ele aposta um pouco mais em Rock mais genuíno e sem maiores experimentações na minha visão, acredito que isso tenha sido um acerto mesmo amando o Led III. Para maior concentração e inspiração a banda se afastou das turnês e foi para uma casa de campo em Hampshire onde a vibe colaborou muito para o desenvolvimento de cada faixa.
O disco não apresentaria o nome na capa, nem da banda nem do disco e a arte escolhida para ela representaria perfeitamente o disco, é uma das mais belas e das minhas favoritas de todos os tempos. Page disse que a inspiração para a capa veio de uma loja de antiguidades e uma revista que tinham umas imagens de séculos antigos, a arte de dentro do LP seria uma alusão à letra de Stairway To Heaven e os prédios que aparecem na contra capa seriam para fazer uma referência à dicotomia entre a cidade e o campo, e música do Led sendo influenciada e divida entre o Folk e o Rock. Como curiosidade, Jimmy Page sugeriu cada integrante desenvolvesse um símbolo para si e esses símbolos foram colocados no disco e são conhecidos até hoje.
Das músicas do disco, podemos começar pelo início, a grande abertura com ”Black Dog”, um dos vocais mais marcantes e com alma que você pode ouvir, a produção é daquele jeito perfeito que reinou pelos anos 70, uma faixa fantástica, como curiosidade, os solos de guitarra foram gravados diretamente na mesa de som. A seguir, ”Rock and Roll”, se tornou uma das músicas mais conhecidas da banda, muito também pela frenética e maravilhosa intro de bateria do genial ”John Bonham”, o trabalho de guitarra de Jimmy Page também é notório. Já ”The Battle of Evermore” é uma faixa mais puxada pro lado acústico, intensa e espacial, da um bom ritmo depois da porradaria que veio no início.
Para fechar a primeira metade do disco, ”Stairway to Heaven”, uma música de difícil definição e adjetivos, um verdadeiro documento da história do Rock, uma composição mágica do mesmo nível das maiores como ”Bohemian Rhapsody”, com 8 minutos de duração essa obra de arte tem uma pegada bem fria e misteriosa. A grande polêmica por trás dela vem dela supostamente ser uma cópia da música ”Taurus” do disco Spirit da banda de mesmo nome lançado em 1968, é verdade que o trabalho de violão do início é bem parecido, mas Jimmy Page ressignificou tudo. O sucesso foi tanto que a música acabou se tornando a maior composição da história do Led Zeppelin.
Depois no lado B, temos “Misty Mountain Hop” que para mim é a menos inspirada do disco (se é que posso dizer isso), mas ainda assim é maravilhosa, como curiosidade o título pegou como inspiração a obra ”O Hobbit” de J. R. R. Tolkien. Já “Four Sticks” briga no disco como uma das minhas favoritas, o trabalho surreal de John Bonham na bateria tocando com 2 baquetas no total da o título à faixa que é de fato muito especial, a banda se encontrava num momento único, é inacreditável. Caminhando para o final do disco temos “Going to California”, uma balada acústica muito simples e muito bem executada, que eu também amo. Para fechar o disco temos uma paulada chamada “When the Levee Breaks”, calcada muito no blues ela carrega um peso que impacta, já é mais puxada para algo mais improvisado ou uma jam da banda mas que também é muito boa, encerrando o disco de maneira excelente. Ela foi gravada no meio de um saguão da casa onde estavam, isso explica o som dessa bateria.
Não seria exagero algum dizer que o ”Led Zeppelin IV” é um disco absolutamente revolucionário. Ele foi o disco que consolidou a carreira da banda e se tornou um modelo tanto em termos produção, estilo e moldou a sonoridade do Hard Rock dos anos 70, e isso não é pouco. Se me dissessem que esse é o maior e melhor disco da história do Rock eu confesso que me inclinaria a concordar, seria daqueles que eu apresentaria como base o que é o Rock, afinal temos 4 dos maiores músicos de todos os tempos no seu auge, fazendo história. Não é atoa que o Led é um instituição do Rock, vamos celebrar e ouvir muito o Led Zeppelin IV nos 50 anos de seu lançamento!

Ouvia muito esse disco até dizer chega, mas hoje em dia estou curtindo outros do quarteto… O quarto disco deles é um clássico, vendeu muito, tem boas canções e é sem dúvida uma boa opção para iniciantes no rock, mas para mim o seu único defeito é essa capa sem graça que mostra um quadro de um velhinho camponês em uma parede. Enfim, parabéns ao nosso cinquentão mais importante deste mês de novembro de 2021, e vida longa ao dirigível de chumbo!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Um disco base na história do rock! Que obra!
CurtirCurtir
Com certeza, patrão… Um disco obrigatório para quem é fã mesmo!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Muito Headbanger tira o chapéu pra este disco. Um dos albuns ‘fetichistas’ (cabeceira) de Ozzy Osbourne, (O Principe das Trevas) . – marcio “osbourne” silva de almeida – jlle/sc
CurtirCurtido por 1 pessoa
Total!
CurtirCurtir
eu triângulo com às pernas bater uma perna na outra.
CurtirCurtir
eu triângulo com às pernas bater uma perna na outra.
CurtirCurtir