Paul McCartney é um nome unânime quando se trata de artistas completos. O homem conseguiu produzir muita coisa boa nos últimos 60 anos, tanto nos Beatles quando em carreira solo. Hoje um disco venerado pelos fãs do Macca, está completando exatos 50 anos, o grandessíssimo ”RAM”!

Para falarmos sobre essa maravilha de disco, primeiro precisamos voltar para 1970. Era decretado oficialmente o fim dos Beatles, logo abriram-se carreiras solo maravilhosas, falando do Macca, nós sabemos que ele lançou no mesmo ano o grande ”McCartney I” disco que ganhou uma review de 50 anos aqui no Entre Acordes. Após isso ele decidiu formar uma banda para a gravação de seu próximo disco, contava com os guitarristas David Spinozza e Hugh McCracken, e o futuro baterista dos Wings, Denny Seiwell, além de Linda McCartney que está creditada como compositora do disco assim como Paul.
Na sua vida pessoal, Paul passava por um momento de amargura pelo rompimento pós Beatles e seu disco solo de estreia não foi bem avaliado pelos críticos na época, mas Paul se manteve no que acreditava (ainda bem) e produziu um disco com estruturas sonoras e de composição similar ao primeiro citado. Para encontrar inspiração Paul se retirou para uma fazenda no interior da Escócia e encontrou a vibe que ele precisava para se inspirar e fazer um clássico e a onda do disco é essa mesmo, bem rural.
Como curiosidade, Paul produziu o disco ”Thrillington” no mesmo ano sob o pseudônimo de “Percy ‘Thrills’ Thrillington”, que nada mais é que uma versão do RAM orquestrado, você pode entender melhor essa história dando uma olhada no artigo que a gente fez sobre o disco aqui no site do Entre Acordes.
Falando um pouco sobre as músicas, o disco já abre com ”Too Many People”, uma verdadeira composição, musicalmente é perfeita, já entrega bem o que devemos esperar para as demais faixas do disco, na época essa música causou polêmica pela letra ser uma crítica à John Lennon e Yoko Ono que acabaram revidando com ”How Do You Sleep?”. ”3 Legs” também seria uma crítica aos ex-Beatles, podemos ver o quanto o clima estava bem desgastado. ”Ram On” pra mim é o grande destaque do disco, uma música perfeita, sentimental e simples, emocionante demais, já vale o disco. ”Uncle Albert/Admiral Halsey” é outro momento fantástico com passagens instrumentais diferentes que engradecem e muito o disco, maravilhosa.
”RAM” é um disco perfeito, sem nenhum defeito a ser aparado. É um trabalho que revela muito a essência do nosso querido Macca e hoje em dia recebe o status de atemporal e monumental. Apesar de ser um disco cultuado entre os seus fãs, ele não é um trabalho recheado de hits conhecidos pelo grande público. Para aqueles que amam ou desconhecem, é chegado um grande dia de visitar essa obra prima! Fica a nossa homenagem e recomendação!
