50 anos de ”Eat a Peach”: Um grande disco em meio a tempestade da The Allman Brothers Band.

Uma das minhas bandas americanas favoritas, os Allman Brothers foram responsáveis por discos fantásticos do gênero Southern Rock. A sensibilidade e potencial de improvisação são duas das grandes marcas da banda, e hoje completa-se 50 anos do lançamento de um disco mágico, o ”Eat a Peach”!

Até então, os Allman Brothers haviam lançado 3 discos, o autointitulado de 1969, o ”Idlewild South” de 1970 e o monumental disco ao vivo ”At The Fillmore East” em 1971, cravando o nome da banda na prateleira dos grandes discos ao vivo do Rock. Nesse meio tempo, a banda seguiu produzindo, porém um triste evento deu uma balançada no clima entre eles, já que o genial guitarrista Duane Allman havia falecido em decorrência de um acidente de moto.

Duane era fundamental na banda, seus solos e trabalhos de guitarra num geral, faziam o alicerce das composições dos Allman Brothers. Além dessa grande perda, a banda lutava contra um forte problema com as drogas. De alguma maneira, a banda encontrou forças para seguir trabalhando no terceiro disco de estúdio.

O disco viria a ser o homenageado e hoje ”Eat a Peach”, ele seria o último que ainda contava com gravações de estúdio recentes de Duane Allman, junto à gravações ao vivo da banda daquele período. A sonoridade como um todo seria muito similar ao o que eles vinham fazendo até então, o que é ótimo. O título do disco teria tido origem na frase de Duane Allman: ”Você não pode ajudar a revolução, porque há apenas evolução … Toda vez que estou na Geórgia, como um pêssego pela paz”.

Falando um pouco sobre os destaques do disco, ele logo abre com a grande ”Ain’t Wastin’ Time No More”, uma faixa que é a cara da banda, trabalhos magistrais de guitarra e grandes solos, Greg Allman também está ótimo, como curiosidade é dedicada à Duane. Não poderia deixar de citar o grande clássico desse disco, ”Blue Sky”, uma música que parece já ter nascida clássica. Já minha faixa não só favorita do disco mas uma das favoritas da vida é ”Melissa”, uma balada extraordinária, o tipo de composição que poucas bandas tem a capacidade de execução, quero aproveitar o espaço para dedicá-la a minha namorada Daphne, eu te amo!

O disco foi um grande aliado da banda na árdua tarefa de seguir em frente após tamanha tragédia, serviu muito como um tributo ao querido Duane, e num geral é um disco obrigatório para qualquer fã de Southern Rock, um trabalho básico entre os clássicos do estilo. Contém todos os elementos que fizeram da banda serem o que eles são e aproveitando o embalo, recomendo fortemente que você dê uma conferida, caso não tenha feito! Fica a homenagem e recomendação!

Autor: Neto Rocha

25 anos, e grande entusiasta de uma das coisas mais poderosas inventadas pelo homem, a música.

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