Joni Mitchell está facilmente entre as maiores poetas da música pop. Seus discos são mágicos e sensíveis, ela carrega uma serenidade muito forte em suas composições. Hoje a sua grande obra prima discográfica está completando exatos 50 anos, estou falando do clássico ”Blue”! Vamos conversar um pouco sobre ele.

Vamos lembrar o que estava rolando na época com a carreira de Mitchell. Em 1970 ela lançou um bom disco, regular e muito bem composto, o ”Ladies of the Canyon”. A seguir ela decidiu tirar umas férias por um breve período e se retirou para uma ilha na Europa, lá ela se afastou um pouco da sua rotina e começou a compor novas músicas para seu próximo disco que viria a ser a grande obra prima de sua carreira, o ”Blue”!
Neste disco, Joni apostaria numa sonoridade bem simples, orgânica, íntima e acolhedora. Como o disco inspira pelo título, ele transmite não um sentimento de tristeza por si só, mas uma melancolia que abraça o ouvinte. No decorrer das faixas, ela explora eventos de sua vida pessoal, muitos deles inspirados pelo seu romance com James Taylor na época, e também pelo seu relacionamento passado com Graham Nash, uns anos antes. Então pode-se esperar sentimentos distintos em seu decorrer.
Dos destaques, a faixa de abertura ”All I Want” é uma das mais contagiantes e simples músicas do disco, ela inspira uma vibe fim de tarde, com serenidade e paz, talvez a melhor faixa aqui, destaque também para a perfomance vocal de Joni. Já ”My Old Man” é a faixa mais melancólica, um dos grandes sucessos de sua carreira e obrigatória. Agora o maior sucesso de ”Blue” é ”California”, e merecidamente, uma faixa com uma roupagem atemporal e popular capaz de atingir qualquer ouvinte.
Hoje em dia, o disco ”Blue” é apontado como um dos maiores discos de todos os tempos, e de fato é. Além de por si só ser um trabalho perfeitamente composto e executado, ele é um disco extremamente influente para o gênero do Folk que estava se estabelecendo na década de 70. Fica a nossa homenagem!
