Voltando com as recomendações de Jazz aqui no Entre Acordes, vamos falar sobre um disco que não está nas listagens de grandes discos da história do Jazz mas é um trabalho reverenciado pelos árduos fãs do gênero e não é para pouco, já que é de autoria de um dos maiores nomes da bateria no Jazz, Max Roach, com o ”It’s Time”.

Lançado em 1962, o disco conta com uma extensa lista de músicos que participaram das gravações, temos Max Roach na bateria, Richard Williams no trompete, Julian Priester no trombone, Clifford Jordan no saxofone, Mal Waldron no piano, Art Davis no baixo e Abbey Lincoln nos vocais.
A icônica e corajosa gravadora ”Impulse!” foi a responsável pelo lançamento do trabalho, a mesma costumava apostar em lançamentos mais conceituais e até ”malucos” como o grande ”Ascension” de John Coltrane e tantos outros. Então você pode esperar um disco de Jazz pouco convencional, é um trabalho experimental e único, uma verdadeira experiência. Mas não se assuste, eu diria que é um disco pé no chão perto de grandes experimentações que vemos com Frank Zappa e outros gênios que fizeram Jazz.
A sonoridade é grandiosa e marcante, os back in vocals no estilo gospel nos chamam a atenção e o trabalho de bateria de Max Roach é potente e vibrante, fazendo do disco, uma verdadeira viajem em nossos ouvidos.
Por incrível que pareça, ”It’s Time” é um disco que atravessou décadas e influencia artistas do gênero até hoje como Kamasi Washington que talvez seja o maior expoente do Jazz da geração atual. E o disco fala por si só, é um trabalho fechado, de um grande artista, fica a nossa recomendação!
