”McCartney III”: O novo disco de Paul McCartney, encerrando a trilogia.

Paul McCartney é o artista pop mais importante vivo na atualidade, apesar de grande parte das pessoas dizerem que não esperam mais nada dele nos dias de hoje, sempre que ele lança algo novo, a gente tem o dever moral de ouvir com atenção, a final, estamos diante de um Beatle! O que vocês acharam desse disco? Vamos conversar e aproveitar pra ver a análise completa do disco que talvez seja o último de sua carreira, no nosso site! Será que ele fechou bem a trilogia dos ”McCartney”?

Paul vinha do disco ”Egypt Station” que pra mim, salvo raros momentos é fraquíssimo, foi lançado em 2018. O pessoal achou que esse seria seu último disco de carreira, mas 2 anos se passaram e nos encontramos num momento favorável para compor um disco já que as pessoas estão com mais tempo em suas casas e um gênio incansável como McCartney não perderia essa oportunidade.

Foi então que em poucos meses, Paul sozinho, iniciou o processo de composição de seu novo disco, além de produzir e tocar todos os instrumentos sozinho, o que aumentou as expectativas dos fãs já que nas outras vezes que um processo parecido aconteceu, o resultado foi muito positivo. Outro fator que deixou a galera ansiosa foi o nome do disco ”McCartney III”, e por que isso? Vale lembrar que o ”McCartney I” foi lançado em 1970 logo após o fim dos Beatles, um disco bem cru e simples, 10 anos se passaram e Paul lançou o ”McCartney II”, um trabalho bem experimental com equipamentos eletrônicos, e marcou o fim dos Wings. Agora no dia 18 de Dezembro de 2020, 50 anos depois do início da trilogia, Paul lança o ”McCartney III”, e ai? Será que esse disco marca o fim da discografia solo de Paul McCartney?

Falando um pouco sobre a sonoridade e músicas, eu achei bacana que Paul se afastou um pouco dos sons eletrônicos em excesso, coisa que pra mim não combina muito com a proposta dele, e aqui nos é apresentado um disco mais orgânico por assim dizer, ele aposta em violão, guitarra, bateria e não muito mais além do que isso.

As canções no estilo Paul McCartney estão aparentes, não vejo lampejos de genialidade, mas também não vejo um apelo pop desnecessário para se manter alinhado com o que é feito atualmente. Músicas como a faixa de abertura ”Long Tailed Winter Bird” não teria sido composta para um disco como o ”NEW” ou ”Egypt Station”, ”Lavatory Lil” também é um dos destaques do disco, uma faixa bem Rock N Roll e divertida, ”Deep Deep Feeling” talvez seja uma das grandes composições dos últimos 30 anos da carreira de Paul McCartney, uma faixa grandiosa e épica com mais de 8 minutos. ”Slidin”, talvez seja o grande Rock desse disco, uma faixa bem poderosa. ”The Kiss Of Venus” é uma faixa que poderia estar no ”Wild Life”, ela captura a verdadeira essência do Paul. A música que encerra o disco ”Winter Bird/ When Winter Comes”, uma espécie de parte dois da faixa de abertura, encerra a trilogia da mesma forma que ela começou, apenas Paul e seu violão, mostrando que apesar de tudo, ele continua sendo o mesmo McCartney de 1970.

Fazendo todo o balanço da carreira do nosso querido Paul McCartney, eu corro o risco de dizer que esse é o melhor trabalho de sua carreira nos últimos 22 anos. Eu considero um disco com mais bons momentos bons do que ruins, e o fato dele ter 100% do controle, fez do disco um trabalho honesto e correto na minha visão, e se ele for de fato um encerramento da carreira dele, eu acredito que ele fechou muito bem com um disco muito bom. Falta os fãs assimilarem que ele jamais vai fazer um ‘RAM” ou ”Band On The Run”, e ele nem precisa disso, vida longa ao nosso querido Paul!

Autor: Neto Rocha

26 anos, e grande entusiasta de uma das coisas mais poderosas inventadas pelo homem, a música.

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