40 anos de ”Blizzard Of Ozz”: A lendária estreia solo de Ozzy Osbourne.

A carreira solo de Ozzy Osbourne é enorme, nos dias de hoje seu nome é até maior que o próprio Black Sabbath, o início disso tudo ocorreu há 40 anos atrás com o lançamento de seu primeiro disco solo ”Blizzard Of Ozz”, vamos falar um pouco sobre ele hoje aqui no Entre Acordes!

Voltando para 1978, Ozzy ainda no Black Sabbath, registrou ”Never Say Die”, um disco bom mas ainda assim irregular em comparação aos anteriores, além de ser ”menos inspirado”, ele foi lançado numa época difícil na banda e no cenário musical, os movimentos Punk/Pós Punk/New Wave faziam muito sucesso. Isso somou ao desinteresse de Ozzy em continuar com a banda junto ao seus problemas pessoais. Qual o resultado? Sua demissão do Black Sabbath em 1979 e o início de um novo projeto, com novas pessoas e sob uma nova orientação.

Ozzy And Randhy
Clássica foto de Ozzy carregando Randy Rhoads.

Desorientado e totalmente perdido, Ozzy Osbourne precisava de alguém para colocá-lo na ”linha”, foi ai que apareceu Sharon Osbourne (até então era seu affair). Ela ajudou muito Ozzy nessa retomada de sua vida como um todo e em especial sua carreira.

Já um pouco mais recuperado e com a ideia de fazer um novo projeto, Ozzy Osbourne passeou pelos clubes de Los Angeles para encontrar novos músicos, foi ai que em uma apresentação do Quiet Riot, ele se deparou com Randy Rhoads na guitarra realizando uma perfomance perfeita para o que ele gostaria de ver em sua banda. Como curiosidade fica o fato de Gary Moore ter sido cogitado para entrar na banda mas acabou não dando certo. Para completar a banda, Ozzy contratou Bob Daisley no baixo, Lee Kerslake na bateria e Don Airey nos teclados.

A ideia do nome ”Blizzard Of Ozz” seria para o nome da banda, mas no fim das contas Ozzy decidiu anunciar o disco como o primeiro de sua carreira solo de próprio nome e ao invés de nome da banda, ele se tornou apenas o nome do disco, o que casou um certo desentendimento com seus então colegas.

Reunidos, a banda foi para um castelo no interior da Inglaterra onde ficaram por alguns dias ensaiando as músicas do disco e entrando em sintonia. Então falando um nelas, o disco abre com ”I Don’t Know”, uma música meio que filosófica, fazendo questionamentos sobre a vida, a seguir, ”Crazy Train” talvez a faixa mais conhecida e antológica de sua carreira solo, um rock de arena fantástico, com um trabalho poderoso de guitarra do grande Randy Rhoads mostrando a que veio, ela foi single do disco e fez um sucesso enorme. A balada ”Goodbye To Romance”, é uma clara despedida de Ozzy ao Black Sabbath, outro grande momento do disco. ”Dee”, muito provavelmente é uma provoção ao Toni Iommi que fazia sucintos interlúdios acústicos nos discos do Black Sabbath. Ele já emenda em ”Suicide Solution”, outro grande e polêmico clássico de Ozzy, ela gerou polêmica em 1984 quando um garoto se suicidou ouvindo a faixa, oque acarretou em muitos problemas para Ozzy. ”Mr Crowley” é uma faixa que também é bem conhecida de sua carreira, uma faixa incrível .

O disco foi um sucesso, logo de cara foi para o topo das paradas e ultrapassou o maior sucesso do Black Sabbath, ”Paranoid” um dos maiores clássicos da banda. Acredito que o Ozzy tenha se sentido muito bem quando viu que o risco valeu a pena.

”Blizzard Of Ozz” foi uma aposta corajosa de Ozzy Osbourne, ele saiu de uma das maiores bandas de todos os tempos para uma incerta carreira solo, mas que nos dias de hoje se mostrou como uma decisão acertada. Com esse disco, Ozzy conseguiu distanciar um pouco seu nome do Black Sabbath, a sonoridade e composições do disco evidenciam isso. É um disco perfeito e um clássico absoluto da história do Rock!

Blizzard Of Ozz

Autor: Neto Rocha

25 anos, e grande entusiasta de uma das coisas mais poderosas inventadas pelo homem, a música.

3 pensamentos

  1. Álbum quarentão do mês de setembro de 2020, a grande estréia do “Madman” com Blizzard of Ozz completa suas 4 décadas neste domingo. Afinal, se o Heaven and Hell do Black Sabbath (com Ronnie James Dio) ganhou uma homenagem do blog, porque não fazer a mesma coisa com o debut solo de Ozzy Osbourne, o então ex-vocalista da banda? Posso dizer que ambos esses lados saíram ganhando em 1980, apesar de gostar muito mais de Blizzard of Ozz do que de Heaven and Hell. Mas afirmo uma coisa: se não fosse por Randy Rhoads (RIP) e a futura “Sra. Osbourne” Sharon Arden, o nosso querido e agora aposentado Ozzy Osbourne estaria fadado ao esquecimento.

    Meus destaques vão para “Crazy Train” (apesar de ser muito famosa, não é para mim a melhor música do Ozzy), “Goodbye to Romance” (bela balada de Ozzy em que diz adeus a seus ex-companheiros do Sabbath), a abertura “I Don’t Know” (com Ozzy mostrando que realmente estava de volta), e para (agora sim) a minha favorita do cara: “Mr. Crowley”, que fala sobre o ocultista mais famoso do mundo, Aleister Crowley – venerado por outros artistas como os Beatles, Jimmy Page, Bruce Dickinson, e, no Brasil, Raul Seixas e Paulo Coelho (recomendo também a versão que o Zé Ramalho fez dessa música, agora falando do próprio artista: “Sr. Ozzy”). Parabéns ao Blizzard of Ozz. 40 anos de um renascimento histórico do heavy metal!

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