Após já possuir seu segundo disco nas lojas, no mesmo ano de 1974, o Queen saiu em turnê para a divulgação de seu novo trabalho, mas infelizmente Brian May foi atingido por uma doença, oque forçou a banda a voltar pra casa mais cedo. Enquanto Brian se recuperava, John Deacon, Roger Taylor e Freddie Mercury aproveitaram para trabalhar em um novo material para compor o que seria o terceiro disco de estúdio da banda, o grande ”Sheer Heart Attack” que hoje completa 45 anos de seu lançamento!
Aqui a evolução sonora e criativa desde seus outros dois trabalhos é evidente, eles uniram a palatabilidade das canções á diferentes estilos com uma maior pretensão, desde baladinhas pop até ao hard rock, tornando o disco dinâmico e instigante, quando chegamos ao fim dos 38 minutos ficamos tentados a virar o disco e deixar a agulha bater no lado A novamente. Eu não diria que este é um trabalho acima dos dois anteriores, mas de fato é um pouco mais bem acabado.
O início avassalador com ”Brighton Rock” é mágico, frenético e forte. A banda já no terceiro disco mostrava que sabia explorar a harmonia das vozes que acabou se tornando uma de suas marcas, outro destaque na faixa vai para Brian May que faz um solo de guitarra magistral de aproximadamente 2 minutos com seu timbre característico. ”Killer Queen” também é digna de destaque, talvez a faixa mais popular do disco, e a que mais sobreviveu nos setlists da banda posteriormente. ”Now I’m Here” também é uma das minhas preferidas, grande petardo de rock n roll assim como ”Stone Cold Crazy”, ambas com um grande trabalho de bateria de Roger Taylor.
”Sheer Heart Attack” foi o disco que fez com que a banda começasse a arriscar um pouco mais e entender que de certa forma se enquadrar num gênero específico não seria uma opção, ao mesmo tempo a persona de Freddie Mercury se moldava cada vez mais, e graças a esse passo, a banda encontrou um caminho para seguir que duraria mais 4 discos (até o Jazz de 1978), porque depois disso a década de 70 iria ficar pra trás e este Queen que conhecemos também, mas esse é um papo para outra hora, celebremos os 45 anos desse petardo!