No último dia 29, foi lançado o disco Cowboy Carter, o oitavo da Beyoncé. E como vocês sabem, esse Blog nunca havia comentado nada sobre a cantora até aqui, pois de fato não é meu estilo de som, porém após a enorme comoção e movimentação em torno deste lançamento combinado a proposta de conter interpretações de Country, decidi dar uma chance ao disco e para MINHA surpresa, temos um disco interessante e mesmo não me emocionando do início ao fim, achei legal vir aqui comentar com vocês.
Beyoncé nasceu em Houston, Texas e aqui ela procura fazer uma homenagem ás raízes negras fundadoras da música Country, já começando pela capa. Trata-se de um disco extremamente conceitual onde Beyoncé simula uma estação de rádio com vinhetas e coleciona canções que não se resumem 100% em Country e abraça diversos gêneros. Outro ponto bacana é que o disco recebe diversos convidados de peso como Stevie Wonder, Nile Rodgers, Dolly Parton e Willie Nelson que dão toques especiais ao disco.
Provavelmente a maior motivação tenha sido um lamentável incidente ocorrido em 2016 no Country Music Awards, onde Beyoncé sofreu uma série de ofensas racistas e um suposto boicote após uma performance no evento onde ela cantou uma composição Country pela primeira vez, chamada Daddy Lessons. Após isso ela entrou de cabeça na ideia de um disco nesses moldes e o resultado ficou interessante, ainda mais com esse contexto tão importante. Gostaria de deixar uma observação que gostei muito da bela versão do clássico Blackbird dos Beatles.
De considerações finais, reitero que o disco como um todo não me emociona do início ao fim mas mesmo com mais de 1h de duração, confesso que tive uma boa experiência pescando referências e me surpreendendo com boas canções espalhadas pelo disco. Achei uma boa sacada e além de tudo, comercialmente está gerando muitas análises como essa e furando a bolha. Recomendo a audição!
Entre Acordes 