“The Car:”: O novo e aguardado disco do Arctic Monkeys.

Sim, amigos! Foi lançado hoje, o mais novo disco do Arctic Monkeys, intitulado como “The Car”. Será que eles acertaram em manter essa vertente sonora? A banda mudou drasticamente seu estilo visual e musical desde o último disco e agora em 2022 seguiram com ousadia, na contramão do óbvio e nos presentearam com um disco que tem tudo para ser épico! Vamos analisar quais pontos fazem deste um dos mais relevantes do ano!

Bom, vamos lá. Para quem não lembra, falando do passado mais recente da banda, eles haviam lançado o disco AM de 2013 que de longe é o maior sucesso do grupo, o ardente Rock N` Roll sacana que levou a banda para o mundo, com um estilo meio Rockabilly no visual e uma atitude rebelde na música, coisa que particularmente me agradou muito. Depois, tivemos um grande hiato de lançamento por parte da banda, nesse período, o líder e vocalista Alex Turner explorou outros projetos como “The Last Shadow Puppets” que também é muito bacana.

Apenas em 2018, 5 anos após o AM, os Arctic Monkeys voltaram com uma grande surpresa, um novo disco totalmente repaginado, conceitual, com uma vertente sonora totalmente diferente, um ritmo mais cadenciado, introspectivo, mais pianos e menos guitarras, isso resultou num trabalho que para mim é um dos melhores da década, o “Tranquility Base Hotel & Casino”. Daqui em diante a banda assumiu uma postura diferente, um visual mais retrô e composições mais “cabeças” digamos assim.

Nós piscamos e mais 4 anos se passaram, a indústria mudou bastante e banda chega mais uma vez com um lançamento que trás muita curiosidade aos fãs e público e deixa um recado bem evidente, a banda realmente mudou, essa é uma nova realidade e aquele Rock do AM ficou no passado. Em “The Car”, todos os ouvintes que curtiram o novo rumo tomado no disco anterior, pode comemorar, fomos recebidos com um trabalho com muita identidade, influências de trabalhos densos da década de 70, em conjunto com um distanciando ainda maior das guitarras, que agora aparecem como em plano de fundo, dando lugar de vez para muito piano e teclado que são regidos por uma orquestra do primeiro ao último minuto dos 34 de disco.

Esse é daqueles discos onde não houveram erros nas músicas, ou seja, fica impossível não destacar todas as músicas dele, mas para quem interessar, minhas favoritas foram “There’d Better A Mirrorball”, “Body Pant” e última “Perfect Sense”, fantásticas composições!

Honestamente, apesar de ser muito fã daquela fase inicial da banda, eu realmente adorei essa nova fase e esse novo disco, as composições são sim bem artísticas e não tão radiofônicas, mas eles souberam muito bem misturar um amadurecimento e seriedade, com uma leveza nas composições que nos hipnotizam uma a uma, chega a ser realmente impressionante. A voz de Alex sempre é um destaque, com pitadas de David Bowie na fase “Station To Station” que pra mim é uma grande influência como um todo. Estou muito feliz com esse lançamento e chegando no final do ano, com certeza ele estará em altas posições entre os melhores discos de 2022!

Autor: Neto Rocha

25 anos, e grande entusiasta de uma das coisas mais poderosas inventadas pelo homem, a música.