O Joy Divison é uma das bandas mais importantes do movimento pós-punk, apesar de extremamente curta, a carreira deles durou o suficiente para cravar seus nomes na história como uma das bandas mais emblemáticas daquele período. Hoje vamos falar sobre o disco de despedida da banda, o ”Closer. Vamos entender um pouquinho seu contexto e o porque dele ser um disco tão fantástico.

É difícil começar a destrinchar a história do disco sem falar de uma fatalidade, o suicídio do líder da banda Ian Curtis que era o letrista e vocalista que ocorreu em 18 de Maio de 1980, menos de 1 ano após o lançamento do disco de estreia da banda, o ”Unkown Pleasures”. Então apesar de ser considerado uma ”despedida” o disco ”Closer” foi lançado póstumamente.
Em ”Closer” a sonoridade claustrofóbica característica da banda se mantém mais do nunca nas músicas, talvez a diferença do disco anterior para este seja um sofisticação maior nos sintetizadores, mas a mudança ainda assim não é drástica. Podemos ver isso melhor analisando um pouco algumas músicas como ”Isolation”, ”The Eternal” e ”Decades”, todas muito fortes e os sinterizadores não deixaram o som mais palatável, muito pelo contrário essa produção deixou ainda mais abafado e pesado. Algumas que poderiam tranquilamente estar no disco de estreia são ”Atrocity Exhibition”, minha favorita do disco e ”Passover”, outra faixa extremamente densa.
A capa do álbum também reflete o peso do disco, é uma fotografia da tumba da família Appiani localizada em Gênova. Ela teria uma conexão direta com o fato da morte de Ian Curtis. Ao analisar a capa nos é escancarado de vez antes de colocarmos o LP na vitrola que o disco não vai ser nada fácil e sim um velório.
”Closer” é uma despedida digna á Ian Curtis. É um disco maduro, pesado, sombrio e extremamente sério, para quem gosta de pós-punk ou quer começar a entender um pouco melhor o gênero, é o caminho certo. Fica nossa homenagem á Ian Curtis que nos deixou há 40 anos e ao Joy Divison que foi uma banda que dividiu as décadas. Ouçam!