É difícil não vir aqui para falar de Frank Zappa, ele era uma verdadeira máquina de composição, ainda mais nos anos 70. Só na primeira metade da década foram cerca de 7 discos de estúdio, que na minha opinião é o filé mignon da sua discografia. Um desses belos filés faz 45 anos na data de hoje, o grande ”One Size Fits All”!
A história por trás do lançamento do disco é um pouco confusa, ele foi gravado ao mesmo tempo com um disco que seria já o próximo lançamento, porém este suposto segundo lançamento foi engavetado e em seu lugar foi lançado o excelente ”Bongo Fury”. Provavelmente a gravadora protagonizou alguma confusão e lançou por engano ”One Size Fits All” já que em algumas cópias era notável uma rasura em seu código. Ou o disco não era pra ser lançado ou houve um erro de cálculo devido ás gravações confusas.
Em comparação com seus últimos lançamentos, o ”Apostrophe(‘)” e ”Roxy & Elsewhere” ambos de 1974 eu diria que ele não se difere drasticamente, talvez ”One Size Fits All” apresente algo mais ”colorido” por assim dizer, eu acho que seria uma boa definição, não vou dizer que é um disco melhor que os anteriores, mas é no mínimo do nível.
Falando um pouco das faixas, ”Inca Roads” é uma das faixas mais complexas de toda carreira de Frank Zappa, uma viajem instrumental que deixam muitas bandas de progressivo com inveja, grande abertura. ”Sofa No.1” é uma das minhas preferidas do disco, uma ”balada” por assim dizer de pouco mais de 2 minutos, linda e totalmente a cara do Zappa. Eu também adoro ”Po-Jama People”, para quem sentia falta da guitarra, ela volta com tudo em um dos melhores solos do gênio Zappa.
Eu também adoro a capa do disco, Frank Zappa está entre os 5 artistas que tem as melhores capas de todos os tempos, é difícil encontrar um disco com uma capa ruim no nome de Frank Zappa, e olha que ele lançou pelo menos 70 discos em vida. Essa em especial é linda, psicodélica e traduz exatamente tudo que você ouve.
”One Size Fits All” é um disco fantástico, eu o considero um dos trabalhos mais completos de Frank Zappa. Apesar de ter sido concebido de uma maneira confusa, ele não é nada confuso e sabe muito bem onde quer chegar, fica a recomendação e homenagem!
Entre Acordes 