“Got To Be There”: Michael Jackson interpretando como um adulto, mesmo ainda criança.

Falar sobre o precoce talento de Michael Jackson é chover no molhado. Ainda em criança, ele já chamava atenção como uma das vozes da banda em família “The Jackson 5”, e naturalmente ele foi aos poucos se direcionando à uma carreira solo de potencial imensurável. E em 1972, com apenas 13 anos de idade, Michael registrou efetivamente seu primeiro disco solo, intitulado como “Got To Be There”.

Com o selo da Motown Records, a garantia de sonzeira é total, a produção é cristalina, a guitarra funky e aquele timbre de bateria perfeito são a esteira para Michael (agora com mais espaço para explorar sua voz), destila interpretações bastante maduras para um garoto de 13 anos. O nível de lirismo nas baladas parecem de um adulto de 30 que já passou por dilemas e muitas frustrações na vida.

Temos uma ótima coleção de covers, o que eu considero uma ótima escolha, tanto por diminuir a pressão de músicas inéditas nesta idade, quanto pela seleção das músicas, todas maravilhosas baladas de Soul Music. Eu destaco as interpretações “I Wanna Be Where You Are”, “Girl Don’t Take Your Love From Me” e “Got To Be There”, de arrepiar a alma.

Lançar esse disco com toda essa estrutura foi um planejamento detalhado para alavancar de vez a carreira solo de Michael Jackson, e musicalmente também foi uma bola dentro, um disco praticamente sem erros, de bom gosto e que registra oficialmente o gigantesco talento precoce de Michael Jackson. Deixe “Thriller” e “Bad” de lado por um momento e deleite-se nessa maravilha.

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Autor: Neto Rocha

28 anos, e grande entusiasta de uma das coisas mais poderosas inventadas pelo homem, a música.