“Luck And Strange”: David Gilmour consolidando sua carreira solo com um grande disco.

Chegando ao seu quinto disco solo de estúdio, David Gilmour parece manter a forma e sensibilidade desde os tempos áureos de Pink Floyd. Agora mais velho e com muita bagagem ele lança o disco “Luck And Strange” que unta seu talento a temas a cerca da vida, envelhecer e a morte.

Como David Gilmour era uma peça fundamental e muito presente na obra do Pink Floyd, é muito difícil não associar sua música solo ao antigo projeto. A sua voz praticamente não sofreu grandes alterações, o estilo de composição, os timbres de guitarra, as boas escolhas em seus solos, o som climático e grandes letras. Tudo isso fez dele um dos medalhões do Rock e está aplicado em seu novo trabalho.

Eu sinto um Gilmour mais livre nas composições, no sentido de como sua música está transmitida aqui. Ele mesmo considerou um de seus melhores trabalhos, e talvez eu concorde com ele. Vejo um trabalho realmente fechado e feito com carinho, da para ver que tinha que ser feito. Uma curiosidade é que ele conta com teclados gravados (de 2007) pelo antigo amigo e já falecido Richard Wright.

A faixa título “Luck And Strange” talvez seja a melhor representação do que é este disco musicalmente, tem tudo o que se pode esperar nele e é de fato um trabalho muito bom, que me deixa curioso para ver o que deve rolar nessa turnê que ele deve iniciar em breve. A carreira solo de David está sólida e talvez chegou de vez a hora da atenção ser direcionada ao que ele tem a dizer. Viva Gilmour!

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Autor: Neto Rocha

28 anos, e grande entusiasta de uma das coisas mais poderosas inventadas pelo homem, a música.