Esse é o típico disco que qualquer elogio soará quase que como uma redundância. Uma pedra fundamental do Rock and Roll e que foi muito importante para o que, hoje, conhecemos como Heavy Metal, e essencial para toda a onda do Metal Neoclássico que predominaria a partir da segunda metade da década de 80, tendo em Yngwie Malmsteen seu grande arquiteto. Estou falando de IN ROCK, disco do quinteto inglês Deep Purple, que está completando meio século de existência; meio século chocando a cada um que ouça, fazendo com que nossas cabeças não consigam parar de balançar.
Gostaria de adiantar que, se você sentir falta de algumas informações inerentes ao disco, previni-los-ei de que, em alguns dias, teremos uma surpresa acerca do In Rock; portanto, não me critiquem: ”Ah, lá! Sabe nada de Deep Purple. Faltou isso, faltou aquilo…”. É melhor pegarem um caderninho e um lápis para anotar toda a enxurrada de indicações e dados que lhes serão passados. Ou, caso você leia esse texto depois do dia 9 de junho, RECOMENDO MUITÍSSIMO que entrem na página do ENTRE ACORDES e confiram o material completo sobre este petardo maravilhoso. Depois dessa mea-culpa/ advertência, vamos ao que interessa!
Este é o típico exemplo de álbum que já nasce como um clássico. Quando você escuta pela primeira vez, parece já ter ouvido tantas outras vezes antes. E, de fato, o que não falta no In Rock são clássicos. Após a mudança na formação, saída de Rod Evans e Nick Simper e entradas de Ian Gillan e Roger Glover, o Deep Purple afasta de vez a impressão dos seus três primeiros discos e entra de cabeça, chutando a porta do Hard Rock como tivera feito bandas como Led Zeppelin, Humble Pie, Grand Funk etc. O resultado é um disco absolutamente diferente do Purple que se conhecia até então; aqui, os riffs de Ritchie Blackmore são muitos mais rápidos e pesados; as linhas de bateria de Ian Paice são as mais ”Keith Moonianas” possíveis; os teclados infalíveis de Jon Lord, flertando muito com a música erudita e, muitas vezes, duelando com a guitarra de Blackmore, cravaram a identidade desta instituição do Rock. Nem preciso falar da voz potente e matadora do mestre Ian Gillan, que, logo de cara, já mostra que não estava para brincadeira.
”Speedking” e sua abertura que mais parece uma explosão caótica de bombas numa guerra, as interações do teclado com a guitarra, a surra nas peles da bateria, a incrível voz… é uma das melhores músicas de Rock de todos os tempos; ”Bloodsucker” é outro petardo, e, mais uma vez, Ian Gillan rouba a cena no refrão. ”Child In Time”… eu precisaria de um texto só pra essa música; basta saberem que poucas vezes na vida vocês vão se deparar com algo igual; a cada audição parece que nota-se algo diferente, é uma das coisas mais incríveis que já ouvi na vida e foi a música que, no auge dos meus 9 anos de idade, me mostrou o que um vocalista de Rock precisa fazer para ser uma lenda.
Esse foi só o lado A, o lado B, o que não tem de clássico, tem mais do mesmo no que tange músicas fo@%$. Não vou me alongar muito ( já que estar por vir um dossiê completo sobre esse assunto); falarei apenas que nunca deixem de prestar homenagem e de reverenciar este disco; e, quem nunca ouviu, precisa corrigir este erro o quanto antes. Esse álbum muda a vida, molda caráter e ensina o que é Rock and Roll na acepção da palavra.
A text by @lukaspiloto7twister