Quando falamos em Power Trio, ainda mais proveniente do Canadá, o primeiro que deve vir à cabeça é o Rush – é até natural que seja -, no entanto, gostaria de fugir um pouco do óbvio e falar de um outro que também é sensacional e, muitas vezes, como várias bandas canadenses espetaculares (falaremos delas em breve), passam batidas. O ENTRE ACORDES abre espaço hoje para a celebração de 40 primaveras do disco Progressions Of Power, da incrível banda TRIUMPH.
Formado em 1975, na cidade de Ontario, o trio composto por Gil Moore (bateria e vocal), Mike Levine (baixo e teclados) e Rik Emmett (guitarra e vocal) já tinham lançado 3 álbuns até a chegada do nosso aniversariante de hoje. Nesses álbuns predecessores, o que imperava era o Hard Rock com elementos que guinavam para o Rock Progressivo, tendo, inclusive, Rik Emmett declarado que o Triumph era uma mistura de Emerson Lake and Palmer e The Who. O que posso dizer a vocês é que a banda tem muita energia, grande parte de suas composições são pautadas nos Riffs, mas também sabem sofisticar quando preciso.
A transição dos anos 70 para os 80 é marcada pelo maior uso de recursos eletrônicos na música e também pelo fato de se adequar a um mercado mais popular, levando em consideração que a indústria fonográfica estava a todo o vapor e ninguém queria ficar pra trás. Ao escutarem o Triumph, perceberão que, sim, o som é bem anos 80; entretanto, com várias pitadas do Rock setentista – algo que permaneceria nos álbuns subsequentes da banda.
Falando mais especificamente do disco, não foi um grande sucesso de vendas, apesar de conter o único Single da banda e entrar no top 100 das paradas inglesa e americana, malgrado a longínqua 59º colocação. No entanto, não julgue-os por isso, pois vos digo: Eles têm um dos melhores sons de Rock de toda a década de 80; a identidade da banda é altamente enérgica e agressiva, e, quando eles mandam as baladas, é uma mais linda do que a outra. Você precisa urgentemente conhecer esse trio, eles são capazes de lhe proporcionar sensações das mais diversas. Por exemplo: ”I Live For The Weekend” – o single do disco – tem uma pegada bem alto astral, lembrando muito Van Halen.
”I Can Survive” começa como uma balada, com voz doce e violão, até que estoura num baita riff de guitarra, que, apesar da simplicidade, é muito contagiante. ”Nature’s Child” tem um riff inicial que lembra um pouco o que Keith Richards fizera nos Stones quando da época do Black & Blue, adicionando elementos de reggae; porém, é só a impressão inical, já que depois é uma pancadaria insana que se você não bater cabeça, olha… há algo de errado contigo.
”Take My Heart” é uma balada que eu não aconselho escutar se você tiver acabado de terminar um relacionamento e ainda esteja sob efeitos traumáticos (depois não digam que não avisei), pois o risco de suar pelos olhos é imenso. Enfim, já fiz a apresentação, agora cabe a vocês correrem atrás do disco e da banda, garanto que você não vai se arrepender; a fórmula deles é das mais palatáveis possível, sem ser algo artificial. É mais uma da série ”bandas subestimadas do Rock”; e nós não podemos deixar que essa série continue passando no Vale a pena ver de Novo. IMPERDÍVEL!!!
A text by @lukaspiloto7twister