Há exatos 35 anos, Tom Petty and The Heartbeakers lançava o “Southern Accents”. Um álbum que divide fãs e a crítica. Esse é o sexto álbum de estúdio da banda. Nesse momento da carreira, Tom Petty estava vivendo o que todo artista quer alcança a fama e se encontrar. Porém, poucos são aqueles que se questionam e se motivam a serem desafiados. Tom Pettty, já era uma figura famosa por mistura rock com canções políticas e colocar uma força punk no seu som.
Naquele momento ele tinha tudo que o rock poderia comprar. Quando falamos de tudo, é tudo mesmo. Apesar desse papo parece que o nosso querido Tom, fara algo novo, ele simplesmente decide criar um álbum conceitual sobre o sul dos Estados Unidos. Ele foi co-escrito por Dave Stewart. Uma figura conhecida pela banda Eurythmics que fez sucesso nos anos 80 e 90. Talvez, seja o responsável pela sonoridade datada dos anos 80 no álbum.
Bom, os torpedos de Tom estavam prontos para serem lançado. Mas, a banda sempre teve uma característica marcante em suas canções anteriores. Não era que a banda tocasse de modo repetitivo. Falo de identidade e assinatura própria. Com isso, “Southern Accents” está completamente fora dessa sonoridade que conhecemos Tom Petty and The Hearbreakers (seus Blue caps). Talvez, essa seja a força do disco. Não vou negar que ele é bem divertido. Mal comparando ele está com o som do Bruce Sprinsteen, outra com o som original da banda. Acredito que a canção “It Ain’t Nothin’ To Me” vai mostrar muito de um som diferente que estamos acostumados. Eu deixo duas canções como detalhes “Don’t Come Around Here No More” e “Southern Accents” são músicas lentas que mostram o verdadeiro som que você espera do Tom Petty. A parte mais lenta do disco.
O pecado sulista do Tom Petty acontece quando a bateria eletrônica e um som dos anos 80 que, toma conta de tudo. Para quem estava esperando um som do sul, os planos mudaram. Essa é a surpresa do disco, justamente por se tratar de um disco conceitual. A questão toda não é que o som dos anos 80, seja ruim. Nem mesmo bateria elétrica é ruim. Mas não esperava isso. Posso dizer que o disco te leva para um outro lugar. A diversão é garantida do começou ao fim. Com uma sonoridade mais orgânica que, me fez lembrar boas canções de rádio, mas, sem abandonar a sonoridade dos anos oitenta.
Tom Petty, produziu um pecado sem sutaque sulista, porém, provou que é capaz de criar um conceito para sul com uma roupagem “moderna” e datada, arregada de sintetizadores. Para você que conhece o Tom, deixo esse disco como dever de casa. Já quem não conhece vai se divertir e se surpreender possivelmente com a carreira anterior e a solo. Tom Petty continua nos produzindo alegria e nos levou ao seu desafio e encontramos curiosidade e alegria. Tom Petty vive!!