
Hoje, um dos mais lendários Bluesman da história estaria completando 105 anos de vida: estou falando do antológico Muddy Waters.
Curiosamente, seu nome artístico surgiu ainda na infância, pois era visto como uma criança que sempre gostou muito de brincar no rio. Aos 13 anos, iniciou sua infindável relação com a música, começando a tocar gaita, até que um dia, teve o privilégio de ver duas lendas do Blues tocarem: Charley Patton e Son House. Este último, inclusive, foi uma grande influência para ele, por ensinar Muddy como tocar guitarra slide com uma garrafa de vidro, o que o levou a trocar de instrumento aos 17 anos.
Ao longo da história, tornou-se um verdadeiro mestre do Blues, pois não é a toa que o próprio Rei BB King costumava chamar Muddy de “O Chefe do Chicago Blues”. A quantidade de artistas e bandas da qual foram influenciados por Muddy não caberiam nestas mal traçadas linhas. De Eric Clapton a Rolling Stones, de Johnny Winter a Rory Gallagher, praticamente qualquer músico que tenha o Blues como uma arte de paixão fundamental, tem em Muddy Waters como uma das principais fontes de inspiração, graças ao seu estilo explosivo, poderoso e cheio de alma de cantar e tocar.
Ao longo de sua carreira, produziu grandes obras que hoje em dia são consideradas verdadeiras pérolas sagradas do gênero. Álbuns espetaculares como “Muddy At Newport” (1960), ” The Folk Singer” (1964), “Electric Mud” (1968) “Hard Again” (1977) e “I’m Ready” (1978) funcionam perfeitamente como discoteca básica do Blues.

Muddy faleceu em 1983 aos 70 anos de idade, mas sua existência e genial legado serão para sempre celebrados e aclamados por todos aqueles que vêem o Blues não só como um dos gêneros musicais mais fascinantes de todos os tempos, mas também como um estilo de vida