
Há 45 anos atrás, um dos mais lendários artistas da Soul Music (e também um dos meus favoritos) Smokey Robinson, lançava o disco mais antológico de sua carreira solo: o sensacional “A Quiet Storm” (1975).
É impressionante que mesmo depois de ter se estabelecido como o maior compositor e uma das principais figuras da Motown nos anos 60, Smokey ainda teve a incrível capacidade de iniciar uma excelente e muito bem sucedida carreira solo, que chegaria ao ápice da genialidade com este maravilhoso disco.
Não há como não se emocionar com lindas pérolas aqui presentes como “The Agony And The Ecstasy”, “Wedding Song”, “Happy” e a faixa título, lindas baladas que tocam profundamente seja pela doçura e leveza da linda voz de Smokey ou pelo maravilhosos arranjos Jazzisticos extremamente finos e elegantes. Os momentos mais dançantes também são incríveis com “Baby That’s Backatcha” e “Coincidentally”, que encerra o disco com um balanço groovado irresistível!

“A Quiet Storm” é com certeza um dos álbuns de música negra mais importantes dos anos 70 e da história do Soul, tanto que um subgênero inteiro foi criado a partir dessa obra, da qual propositalmente recebeu o mesmo nome do disco, “Quiet Storm”. O termo passou a ser utilizado após o lançamento dessa maravilha, e serviu para descrever um certo tipo de Soul/R&B mais melancólico e calmo, com toques de Soft Jazz. Por favor, aproveite a quarentena, e coloque essa coisa linda pra tocar, tenho certeza que será um tempo muito bem aproveitado no seu dia.