Após uma obra-prima da magnitude de “Discovery” (2001), os lendários produtores do Daft Punk resolvem voltar ao básico. Após 4 anos, eles retornam com uma sequência propositalmente minimalista, sob o nome “Human After All”, que hoje completa 15 anos!

O disco é basicamente a antítese dos trabalhos anteriores da dupla, que, mesmo quando simples, apresentavam uma produção luxuosa e meticulosa. Aqui, cada música é composta, basicamente, de um Riff, voz sintetizada ou groove central, que se repete indefinidamente.
Essa fórmula, por vezes, é muito acertada. A pulsante introdução com a faixa-título “Human After All”, o Riff icônico de “Robot Rock”, explicitando um foco nas guitarras que é recorrente em todo o álbum, ou a deliciosamente pegajosa “Technologic” são grandes exemplos de um minimalismo instigante. Mas, as tais repetições soam, por vezes, cansativas. Inícios promissores, como “Steam Machine” e “Prime Time Of Your Life”, tornam-se monotônicos, com seus imparáveis Vocoders. As “baladas”, no entanto, aplicam a simplicidade a seu favor. “Make Love” e o encerramento “Emotion”, com seus grooves serenos, estão entre os grandes destaques dessa obra única na obra do Daft Punk.
“Human After All”, apesar de suas inconsistências, possui material memorável suficiente para figurar na discografia de um dos maiores nomes da música eletrônica!
