5 anos de “To Pimp a Butterfly” – Kendrick Lamar provocando uma revolução no Rap

Há exatamente 5 anos, Kendrick Lamar lançava seu incrível álbum “To Pimp a Butterfly” (2015).

Sempre fui um grande entusiasta do Rap. Sempre apreciei o gênero, e toda a cultura Hip Hop que o envolvia (mesmo não sendo exatamente um expert no estilo). Mas ao ouvir “To Pimp a Butterfly” pela primeira vez, brevemente percebi que estava diante de uma obra que marcaria uma nova revolução para o gênero, e que em questão de pouco tempo, se tornaria um clássico não só do Rap, mas dá música em geral! Sim, o terceiro disco de Lamar é para ecléticos, e não somente para os puristas do Rap, e funciona perfeitamente para ouvidos habituados à diversidade da música negra americana. Aqui temos desde Soul meio psicodélico em “Momma”, Free-Jazz em “For Free?”, Funky Rock em “King Kunta”, Cool-Jazz em “Alright”, R&B em “You Ain’t Gotta Lie (Momma Said)” e etc.

Kendrick Lamar já tinha causado um grande furor no Rap com o conceitual “good kid, m.A.A.d, city” (2012), e a expectativa para seu próximo trabalho era palpável. E o mais incrível é que Kendrick foi muito além de qualquer expectativa que qualquer ser pudesse ter, fazendo de “To Pimp a Butterfly” um dos discos mais unânimes da atualidade seja em qualquer segmento musical que ousem colocá-lo. Obviamente que mesmo passeando com uma ousada liberdade por tantos estilos, “To Pimp a Butterfly” é Hip Hop em sua essência e seu grau mais profundo. É contestador, desafiador, inconformado, genial e criativo como o gênero sempre foi.

Não é exagero nenhum dizer que “To Pimp a Butterfly” seja uma das obras musicais mais impactantes do século XXI e com certeza está entre os maiores (ou até mesmo o maior) disco das últimas duas décadas! Sua gigantesca influência estabeleceu um novo parâmetro para o Rap e transcendeu o gênero (não é a toa que o produtor Tony Visconti comunicou que “To Pimp a Butterfly” foi a principal inspiração de “Blackstar” de David Bowie), e permanecerá por muito tempo intacta!

Autor: Felipe Silva

28 anos, paulista, corinthiano, e o mais importante, consumidor compulsivo de música! Rock, Soul, Funk, Blues, Jazz, MPB, que a música boa seja exaltada independente de gênero. God bless you all.

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