
Muitas pessoas tem aquele artista ou banda que teve uma participação considerável na sua infância em termos musicais, mas que conforme o tempo foi passando, acabaram ficando por lá, no passado, por muitos anos. Um desses casos que me aconteceu foi mais precisamente com o maravilhoso cantor e compositor James Taylor, que para minha felicidade, passei a revisitar com muita satisfação nos últimos anos, do qual, hoje, estou aqui para falar um pouco sobre o excelente disco “Sweet Baby James” (1970), o segundo álbum de estúdio oficial de sua carreira, e que está completando 50 anos de lançamento em 2020.
O LP é uma lindíssima viagem sonora guiado pelo o que há de melhor na música americana de raiz, com doses muito bem equilibradas de Folk, Country e Blues, que juntos, resultam num Soft Rock tranquilo e muito agradável de se ouvir. Pérolas como “Lo And Behold”, “Sunny Skyes”, “Sweet Baby James”, “Country Road”, “Blossom” (essa soa como uma versão Folk de “Here Comes The Sun”) e “Anywhere Like Heaven”, te fazem se sentir trilhando um belo caminho entre zonas e campos rurais. “Steamroller” e “Oh, Baby Don’t You Lose Your Lip On Me” são dois estupendos Blues muito ideais para se ouvir enquanto viaja tranquilo por uma auto-estrada rural. O grande clássico mais conhecido da obra é a maravilhosamente linda “Fire And Rain”, uma declaração muito profunda á uma amiga que James havia perdido para a morte, na qual ele transformou numa obra prima sobre o arrependimento não confessado. O disco é fechado com “Suite For G”, que começa no território característico de James, até que muda o rumo e vira uma explosão fenomenal de R&B com ótimos solos de guitarra e uma majestoso naipe de metais.

“Sweet Baby James” é um dos melhores e talvez, o mais importante disco da carreira de James Taylor. Ouvir esse álbum inteiro é uma inesquecível e marcante experiência de um exímio compositor, que com maestria, conseguiu traduzir de forma perfeita a beleza bucólica da música estadunidense.
