A frutífera irmandade de Chris Robinson

Daqui a 30 anos poderemos dizer que 2019 foi um excelente ano para a música. A quantidade de bons lançamentos, seja de bandas novas ou consagradas, tem chamado muito a minha atenção. CHRIS ROBINSON BROTHERHOOD com certeza é mais um desses casos.

Um projeto paralelo de Chris Robinson, grande vocalista do Black Crowes, que teve seu início em 2012 com o excelente álbum Big Moon Ritual e que lançou recentemente seu sexto disco de estúdio chamado SERVANTS OF THE SUN. Assim como em seus discos anteriores, Robinson está bem acompanhado do guitarrista Neal Casal (Ex- Blackfoot) seu fiel escudeiro neste projeto.

Mantendo a estética vintage de seus outros discos, mas olhando para novos horizontes a serem explorados, o que vemos neste aqui é um som cada vez mais distante da antiga banda de Chris, apesar de reencontrá-lo em alguns momentos, porém mais versátil por ser menos focado nas guitarras. Influências de outros estilos acabam surgindo, especialmente do rock psicodélico.

CRB3

O disco parece ter um formato de Jam despretensioso que aliado ao vocal altamente melódico de Chris cria um clima muito agradável de se ouvir. Outro destaque é o tecladista Adam MacDougall – que saiu da banda após o novo álbum ter sido gravado. Entretanto, como em discos anteriores, as músicas mais ”viajadas” e extensas ficaram de lado, tendo quase todas elas uma duração de 4 a 6 minutos. E por falar nisso: QUE MÚSICAS tem este disco, absolutamente irretocável, você passeia por seus 49 minutos e nem nota que passou tanto tempo assim de tão maravilhosas que são as canções.

CRB2

Difícil destacar uma, então vou lhes pedir que prestem bastante atenção em cinco: ”Rare Birds”, ”Venus In Chrome”, ”The Chauffeur’s Daughter”, ”Stars Fell On California e a ESPETACULAR ”A Smilling Epitaph” que encerra com chave de ouro. É aquele disco para você ouvir e assim que terminar colocar pra tocar de novo.

Recentemente, foi anunciada a volta do Black Crowes, o que pode fazer este projeto dar uma pausa ou até mesmo encerrar suas atividades dependendo do andar da carruagem. Se assim for, este álbum apara qualquer aresta que talvez tenha ficado nos discos predecessores. Quem ganha somos nós, que teremos a volta de uma das maiores bandas dos últimos 30 anos e, quem sabe, ainda poderemos ter mais discos como este de um cara que respira Rock and Roll desde quando surgiu e sua presença no meio é de extrema importância para inspirar as gerações futuras.

A text by @lukaspiloto7twister

Autor: Luc Rhoads

Um grande apaixonado por música e aventuras. Carioca, estudante de Educação Física, professor de inglês e vascaíno doente.

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