
No primeiro dia do último mês de 1979, o excelente cantor e compositor, Christopher Cross, fornecia sua estréia fonográfica ao lançar um lindo disco, escrito inteiramente por ele, e que hoje é considerado como uma imensa referência para o Soft Rock/AOR.
O álbum homônimo de Christopher Cross é sem dúvidas um dos melhores álbuns de Soft Rock/Yacht Rock de todos os tempos. Se não bastasse as 9 faixas incríveis aqui presentes, o disco ainda conta com o auxílio luxuoso de músicos de alto calibre como os guitarristas Larry Carlton e Eric Johnson, o percussionista Lenny Castro, e o saxofonista Jim Horn.
Diante de uma coleção deliciosa de canções sensacionais, podemos destacar a beleza calorosa de “Say You’ll Be Mine” e “I Really Don’t Know Anymore” (está última conta com um lindo solo de Larry Carlton), dois Pop Rocks cativantes e ensolarados daqueles que você aprende a cantarolar rapidinho. “Never Be The Same” permanece no mesmo estilo e pegada, e com a mesma qualidade, e tem uma das melodias mais gostosas e agradáveis de toda a obra. “Ride Like The Wind” é mais um grande destaque, com um instrumental poderoso, recheado de teclados elegantes e cordas exuberantes, sem mencionar o luxuoso auxílio dos belos vocais de Michael McDonald. Com certeza um dos melhores momentos do álbum.

Logo mais, nossos ouvidos são presenteados com a pérola “Sailing”, uma maravilhosa canção, e um dos maiores clássicos absolutos do Soft Rock, com sua melodia cativante, seu leve porém super marcante refrão, e um delicioso dedilhado de guitarra que guia toda a música. O arranjo todo aqui é divino e muito inspirado. “Ministrel Gigolo” finaliza o álbum de forma brilhante, com uma sofisticação linda, e mais uma verdadeira aula de bom gosto com um arranjo ímpar, além do espetacular solo de guitarra tocado por Eric Johnson.
O LP de estréia auto intitulado de Christopher Cross foi um sucesso esmagador tanto comercialmente quanto criticamente, vendendo inacreditávelmente mais de cinco milhões de cópias só nos Estados Unidos. “Sailing ‘alcançou o número um na Billboard Hot 100 e ainda faturou três Grammys por “Gravação do Ano, “Música do Ano, e “Arranjo do Ano”. Esse maravilhoso disco com certeza merece ser muito celebrado diante de seus 40 anos de lançamento, pois a reunião de canções absolutamente sublimes contém o que há de melhor de tudo o que já foi feito no Soft Rock. Clássico atemporal e obrigatório para todos os que apreciam e sentem música boa.