Melodia, porradaria e poesia: 25 anos de Vitalogy, do Pearl Jam

Em 1994 o Pearl Jam passava por certos problemas, como ter cancelado uma turnê devido a brigas com a Ticketmaster por cobrar taxas que excediam o limite que os integrantes colocaram para o preço de ingressos de seus shows, a morte de Kurt Cobain, a saída do baterista Dave Abbruzzese da banda, além da raiva contra os efeitos colaterais da fama, em especial de Eddie Vedder, o grande vocalista e letrista da banda. No entanto, a banda havia tido um sucesso comercial e musical inimaginável com seus últimos dois discos e “Vitalogy” foi uma continuação extremamente honrosa, que com músicas menos “pesadas” que seus antecessores manteu, ainda assim, a alta qualidade dos outros trabalhos.

Apenas esta breve contextualização lembrei de mencionar que disco estamos falando em questão, mas acredito que você já sabe: “Vitalogy”, lançado pela banda do movimento Grunge Pearl Jam, em 1994. Oscilante e muito sarcástico, “Vitalogy” abre com uma brincadeira de banda de jazz, que introduz a porrada “Last Exit”, seguida pela ainda mais porrada “Spin The Black Circle”. “Tremor Christ” é a terceira faixa, que mostra uma característica que marca o disco e a banda em sua integridade: as letras de Eddie, que aqui assumem aqui um tom épico e mítico, além do imaginário atribuído ao oceano, presente ao longo de toda a carreira da banda. Realmente Eddie aprendeu muito bem com seus mestres Townshend, Young e Waters, entre outros. As próximas músicas são a linda Nothingman, um dos destaques do disco, e a intensa “Whipping”.

O lado B começa com uma jam funkyada que é completada com um recado claro de uma banda que fugia da imprensa: “a privacidade não tem preço para mim”. Depois, temos o hino “Corduroy”, que fala por si mesmo, certamente a melhor música do disco. Bugs e Satan’s Bed são o auge do sarcasmo do disco, e são sucedidas pela incrível Betterman, que assume junto com “Corduroy” um posto muito alto, assim como “Immortality”, que segue a despretensiosa “Aye Davanita”. E por falar em despretensiosa, imagine a impronunciável última música do disco, conhecida como a “Revolution 9” da banda (se não sabe do que estou falando procure se informar a respeito).

A banda passou por muitos problemas para fazer o disco mas, ainda assim, Vitalogy é sensacional e deu uma grande continuidade para a obra do Peal Jam, tanto que o comemoramos intensamente aqui no Entre Acordes, meste aniversário de 25 anos do disco!

Autor: allanfranzner

Guitarrista, amante e entusiasta da música, principalmente do rock n' roll!

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