
John Alec Entwistle, baixista, ocasional vocalista e até trompista (!) de simplesmente uma das maiores bandas da história, o The Who, completaria hoje 75 anos!
Natural de Chiswick, no subúrbio Londrino, aos 7 anos foi inserido na música, fazendo aulas de piano. Aos 11, mudou para o trompete, e, posteriormente, para a trompa (algo que ainda seria muito utilizado pela frente). Ao conhecer seu futuro parceiro, Pete Townshend, formou, curiosamente, um grupo de jazz, The Confederates, com ele no trompete e Townshend no Banjo. Como era de se imaginar, a empreitada não deu muito certo, e eles sacaram que o caminho era o Rock ‘N’ Roll.

Logo, resolveu trocar para a guitarra, mas, uma paixão pelos graves aliada à uma característica física (os famosos Thunderfingers!) o fizeram optar pelo baixo. Logo, por seu estilo idiossincrático, chamou a atenção de Roger Daltrey, que o convocou para compor o “The Detours”, e bem, o resto é história!
A partir daí, The Ox, Thunderfingers, chame como quiser, transformou o papel do baixo no Rock, afinal, não se esperava um coadjuvante, certo? Formando com Keith Moon a “cozinha” mais explosiva da história, inovou com suas linhas melódicas, inclusive com mais destaque que a guitarra, quase um solista. Seu timbre, cheio de agudos, volume no talo, e uma alternância entre o fingerstyle e a palhetada, um monolito sonoro. A linha de “My Generation” já fala por si só! E além de toda a destruição sonora que causava, ainda tinha uma voz marcante, que eternizou clássicos como “Heaven And Hell”, “My Wife” e “Boris The Spider”.

Mas, em paralelo ao Who, lançou alguns discos solo excelentes (e pouquíssimo comentados). O primeiro, “Smash Your Head Against The Wall” (1971), é um petardo, recheado de canções excelentes (algumas velhas conhecidas), mostrando a faceta mais “Cantor-Compositor” de Entwistle, além das excentricidades, como seu talento em instrumentos de sopro. Isso é também explicitado no segundo, “Whistle Rymes” (1972). Garanto que terão uma visão diferente (e ainda melhor) de The Ox após essas audições.
John permaneceu na ativa por todo o tempo, mas sua vida desregrada (suprassumo do “Live fast, die young”) o levou a uma morte precoce, no dia 27 de Junho de 2002. Mas, seu legado é irretocável. Onipresente em qualquer lista de “Melhores Baixistas” que se preze, a selvageria sonora proferida pelos “Dedos de Trovão’ ainda reverbera!