Earl Rudolph Powell, mais conhecido como “Bud Powell”, nova-iorquino natural do Harlem (Black Power!), foi um verdadeiro prodígio do piano. Ao ouvir Art Tatum pela primeira vez, sua vida mudou, e consequentemente toda a face do Jazz Moderno.

De estilo único, sendo para o piano o que o grande amigo, influência e rival Charlie Parker foi para o sax, foi um dos arquitetos do Bebop.
Desde seu início na cena Jazzística de NY, já tinha uns contatos de peso, vulgo Thelonious Monk, outra grande influência e tremenda inspiração. Começou na orquestra Swing de Cootie Williams e realizou diversas outras gravações, até seus primeiros registros como bandleader, em 1947.
A partir daí, lançou discos seminais, muitos pela lendária Blue Note. Desde o espetacular “The Amazing Bud Powell”, a beleza de “The Lonely One…”, suas gravações em trio, sempre impressionando por sua habilidade, mas, acima de tudo, inventividade e sensibilidade no instrumento, fazendo escola para todos os gigantes que estavam por vir.

Mas, apesar de toda a popularidade, Bud sofria de sérios problemas psiquiátricos. Tendo sido internado diversas vezes, ele acabou se afundando ainda mais com o alcoolismo, em seus derradeiros anos de vida, e auto-negligência, e em 31 de Julho de 1966, acaba falecendo.
Um cara que se coloca junto a Charlie Parker e Thelonious Monk como um arquiteto do Bebop merece todas as homenagens. E, no dia em que completaria 95 anos, nada melhor do que prestigiar uma carreira tão especial!
