50 anos da estreia do Crosby, Stills & Nash

Há exatos 50 anos, o grande trio (e, ocasionalmente, quarteto) de Folk Rock Crosby, Stills, Nash & Young lançava seu autotitulado disco de estreia. Nele, David Crosby (ex-The Byrds), Stephen Stills (ex-Buffalo Springfield) e Graham Nash (ex-The Hollies) juntaram suas forças pela primeira vez, criando um dos primeiros “supergrupos” do Rock, antes dessa nomenclatura ser tão popular (embora sejam muito mais que um simples supergrupo), e realizando um trabalho magnífico.

Gravado no lendário “Wally Heider Studios”, o disco nos coloca na Califórnia da década de 60, com um clima “solar”, e ecos do então emergente “Soft Rock”. É uma aula de sensibilidade pop, com canções acessíveis e de um imensurável valor artístico.

Essa atmosfera do álbum já nos é mostrada logo em sua primeira faixa, a sensacional “Suite: Judy Blue Eyes”, que, como o próprio nome já diz, é uma suíte, com muitos movimentos na progressão da música. Aqui, já se destaca um dos elementos característicos do trio, as (maravilhosas) harmonias vocais. Esse é um dos grandes sucessos do álbum.

“Marrakesh Express” vem logo em seguida, sendo outro dos sucessos do disco, com  mais uma dose do clima leve característico do “Soft Rock”. Aqui, destaco a bela melodia, e a simples e pontual linha de guitarra.

A próxima faixa, “Guinnevere” é uma balada incrível. Com uma instrumentação discreta e perfeita para a canção, e uma harmonia vocal de tirar o chapéu, é um dos destaques do álbum.

Destaco também a sensacional canção antiguerra “Wooden Ships”, com uma sonoridade que traz elementos do Blues Rock (com uma ótima interação entre guitarra e órgão). Outro ponto alto é a sutil, mas perfeita, linha de bateria.

Uma canção que não pode deixar de ser citada é “Helplessly Hoping”. Uma das coisas mais lindas que já ouvi, que extrai sua beleza da simplicidade, constituída das inimitáveis harmonias vocais do trio, e um discreto dedilhado no violão. É uma composição de um lirismo que não se vê todo dia. Além disso, é um grande sucesso.

O disco segue em altíssimo nível, até se encerrar com  “49 Bye-Byes”, de uma sensibilidade ímpar. Trata-se de um bom resumo da sonoridade do “Crosby, Stills & Nash”. No ano seguinte, eles se juntariam com Neil Young, e lançariam outra obra de arte, mas isso é assunto para outra ocasião especial!

Autor: Caio Braguin

16 anos, baterista, aficionado por música (e todas as formas de arte) desde o berço. Música é minha vida!

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